quarta-feira, outubro 21

ontem

cheirava ao que eu sou
não me importava se era feio, arrogante
ou teria belos olhos
importava teu cheiro
e me trazia de volta a tudo aquilo
que o tempo pouco a pouco diluiu com cachaça e suor
cheirava ao que eu sou
com cheiro agridoce, segredos
cheiro confuso, onipresente
sempre
cheiro mascavo de outrora
cheiro adoçante de pendências
cheiro que persegue
e hipnotiza a alma
cheiro tatuagem de mim mesmo

Um comentário:

Renan Grisoni disse...

Cheiro de feijão com bacon