domingo, abril 17

sobre cascas

Queria me livrar de roupas, sandálias, brincos. Não me pendurar mais paradigmas sociais/temporais/culturais. E ser só um corpo nu, vulnerável, de pele, frestras, pêlo, desejos, sentidos.
Um corpo animal/físico. Um CORPO.

Mas ainda queria ir além, queria transpor a pele, puxar os poros blindados até arrebentar,
e assim sentiria em carne viva. Amaria até morrer, sofreria até morrer, desejaria até morrer.
Me misturaria a cidade, me diluiria.






Nenhum comentário: