eu olho dentro de seus olhos de pano
e admito.
Fritando o orgulho, admito com pouca voz
que minha alma precisa
que minha alma só se acalma
com poesia com teias invisiveis e olho no olho
Só se acalma com passos inesperados,
barulho de interfone, cheiros.
Boca na multidão e na solidão
cartas no armário, pele, segredos
dança, música boa, abraço apertado
lágrima.
Sim, minha alma só se acalma
com a falta de palavras, mágica
e com todas as cores, uma de cada vez
e assim para se fazer embebedar, sentir
E se não for assim
minha alma se esvai aos poucos
com gosto de anil, com cor de amargo
transparente, esfumaçada, nada.
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