domingo, novembro 21

In-significâncias

Chega o pai com uma garrafa de Skinka, que parecia ser de uva. A filhinha (por volta de uns 7 anos e linda) bate a perna, faz dancinhas com o ombro, e abre num desespero de sorriso aquela garrafa de suco. Não bebe, com uma sutileza/ansiedade empresta a garrafinha para a vó, que toma o primeiro gole, daquele jeito, que enche a boca até não caber mais antes de engolir.
A vó devolve para filha que se esbalda naquela coisinha roxa. Enquanto isso o pai abre uma skinka verde, que pode ser de limão, kiwi, ou só verde mesmo. A vó se estica para dar um gole, sem falar uma palavra, e a filha puxa a garrafa para escolher entre o verde e o roxo, o melhor sabor. Acabam por ficar ali, minutos sem palavras e num momento cúmplice e feliz, que mal cabe em duas garrafinhas de Skinka.

Cena sutil de uma rodoviária no dia de domingo.
Depois fui descobrir que o nome da filhinha é Belinha, mas não vem ao caso.

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