sábado, junho 16

madrugada

Posso deixar que fale sobre filosofia, outono, música, vida. E deixar que me abrace, seja educado, gentil,  e abra um despautério de sorriso. E ainda permitir que ande pelas ruas de Buenos Aires olhando as árvores, a lua, a fumaça do frio enquanto em uma mão leva um Fernet e na outra a minha mão. Mas entenda por favor, tem uma coisa que eu não posso aceitar: Não feche os olhos, abra um sorrisinho de canto e jogue a cabeça para cima enquanto dança, daquele jeito hipnotizante de só quem está entregue consegue fazer. É um abuso ao meu controle, uma injustiça com os simples mortais. Um convite lindo aos meus impulsos.

Nenhum comentário: